Insegurança social
10:37
Defino os dias de domingo com uma única palavra, maresia.
Normalmente é o dia que as tardes permanecem silenciosas, e a um fresco tempo,
hoje, por exemplo, foi assim, almocei cedo até, embora fosse um final de
semana, e senti um desejo atípico de tirar uma soneca, mas antes deste súbito
desejo aflorar tive provocações que levou a aceitar satisfação do meu corpo.
Comecei a pensar na produção dos textos da semana, já estava atrasada, eram
para estarem prontos no sábado, mas protelei e logo a segunda feira
amanheceria. Tentei confesso aos leitores escrever de forma imparcial,
entretanto nem uma frase eu formei pela dificuldade de me esquivar de colocar o
primeiro pronome pessoal em alta voz. Resolvi então dormir, sem dificuldade
alguma adormeci, antes deixando um despertador para não passar de apenas um
cochilo e deitei. Acordei com as batidas na porta do meu quarto, minha amiga
havia chegado para um bate papo, abruptamente levantei abrir a porta do quarto
e sentamos na cama, enquanto isso minha mente se despertava e lembrava-me você
precisa escrever. Passamos minha amiga conjuntamente minha irmã alguns minutos
decidindo sobre algumas atividades que não tem importância este relato aqui.
Então
com uma maneira levemente sutil as deixei para pesquisar algumas leituras
inspirativas. Já sabia claramente o
assunto, um tema que durante a semana em textos que li se não todo o conteúdo,
ou algumas partes sinalizam este fato, o fato sobre a insegurança social, o
câncer da sociedade brasileira. Embora
tenha ampliado ao tema o país, especificamente meus relatos se encaixam no
Estado e mais profundo na cidade em que eu moro, e que com certeza não terá
muitas diferenças nos outros lugares. É recorrente em discursões, palestras,
nas mídias, este problema que estudado ao longo da história brasileira apontam
o crescente déficit político-jurídico em promover de forma eficaz um direito
social aos cidadãos que é um Estado de segurança pública. É natural o desejo
humanitário de viver em gozo de paz e tranquilidade no coletivo, apesar de que,
alcançar este Estado máximo de paz e tranquilidade seja impossível, não se
pode, contudo apossar da ideia que o caos não pode ser equilibrado em
convivência harmônica.
A instabilidade da segurança pública tem gerado frutos de
violência, e de criminalização, têm sido comuns todos os dias nós ouvirmos lermos
ou assistirmos relatos de roubos, de tentativa de roubos, de assassinatos,
brigas, assalto seguido de morte, e varias notícias apavorantes que tem gerado
uma sociedade insegura da convivência social, até mesmo dentro do seu próprio
lar. Os brasileiros têm vivido com pouca confiança nos locais que podem
frequentar, nos horários que podem sair, com as pessoas aos seus lados, com o
transporte que vai utilizar, é pânico, como retrata uma colega que foi vitima
da violência urbana. Resultado desta insegurança é medo, pessoas que saem para
suas atividades como “flashs”, ônibus lotados para evitarem assaltos, sprays na
bolsa, celulares para entregar bandido, soluções criadas pelos próprios
cidadãos para tentar sobreviver ao terror do dia a dia. Presenciei alguns dias
atrás um exemplo claro que mostra o medo nas pessoas, estava no ponto do ônibus
já por volta das 20:00, tinha acabado de atravessar a passarela como se fosse
um raio, para minha tranquilidade tinha três policiais no meio da passarela,
passei por eles rapidamente e seguir meu caminho. Quando cheguei o ponto estava
relativamente vazio, a contagem do olho tinha por volta de 15 pessoas, logo
mais chegando uma menina do meu lado. Observei seu comportamento com mochila
nas costas seus pés demostravam que estava com pressa, mas algo impedia de
seguir, foi quando ela me questionou: "Com licença, você sabe quem são aqueles
três homens ali?" Apontando ela continuou: "é porque estou precisando atravessar e estou com
medo." Respondi, são policiais. Agradeceu
e seguiu o seu caminho mais tranquila, pois sabia que não seria pega de
surpresa com criminosos. Está situação é
uma dentre milhares que acontecem todos os dias, e infelizmente a recorrência
tem sido alta, a minha cidade configura-se como a quarta cidade mais violenta de
todo o país.
Não tenho como não sentir
indignação perante a esta realidade e é involuntário o questionar ao Estado quais soluções
cabíveis. É necessário efetivação do direito de um
Estado de Segurança Pública, Camaçari precisa mais do que nunca de uma intervenção
politica não atribuo partidária, que estabeleça projetos e acima de tudo ação, atingindo
a raiz do problema, o “câncer” que se identificado os focos
da marginalização, da desigualdade social, da educação, do policiamento efetivo
e uma reforma policial, estabelecendo mudanças radicais para que alcancemos a
eficácia do direito, pode ser curado. Penso que a mudança é precisa, urgente, e
necessária, chega de viver nesta insegurança social...
Art.6° São direitos sociais a educação, a saúde, a
alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade
e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
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