Atolada de assuntos da faculdade, guarda roupa embolado,
chão de poeira esperando a vassoura são alguns dos afazeres do sábado. Este
deveria ser o começo do meu final de semana. Mas perdi o inicio da manhã, logo
vou contar como... O corpo com peso das noites mal dormidas pelas inúmeras atividades
que se estende desde cinco da manhã até meia noite, de segunda a sexta, isso
quando não levo até mais tarde como aconteceu de quinta pra sexta, deitei para dormir duas e meia da manhã; Quando
chegou o fim da sexta-feira, beirando às sete e meia, já não tinha mais reserva
de animo pra encarar nada, sentia apenas o desejo de chegar a casa e dormir.
Entretanto, não fui agraciada pelo desejo, acabei dormindo no horário de sempre
e com amargura de saber que até no sábado iria acordar cedo. Pois bem, pela
manhã deste sábado o despertado não tocou, no susto levantei apressadamente
para tomar banho, comer e pegar o buzu para a capital. Demorei quase uma hora e
meia, para sair de casa, e mais meia hora no ponto até entrar no ônibus. Esperava
pegar um ônibus vazio, porém estava lotado, o que não costuma acontecer nos sábados,
mas estava.
Começo da viagem com paradas, freadas bruscas, tremedeira, buzinas,
cheiros diferentes, enroscamento com vários corpos, olhares perceptivos e
outros não, diversas cores, sorrisos e carrancas tudo dentro de um ônibus. Acabei
sentindo viver a história do livro que estou lendo, o cortiço, a diferença que
não haviam muros para separar ninguém... A ida para capital depois que se torna um
habito acaba sendo ligeira, quando se nota já está no ponto de descida, e assim
foi; desci apressadamente, correndo para chegar à aula, compensar o grande
atraso de duas horas, pelo menos não teria falta e os colegas poderiam depois
emprestar o caderno. Mas infelizmente, logo iria saber que todo o esforço não fora
válido, porque a professora tinha cancelado a aula. Perda de tempo e dinheiro,
e o pior de CAMA, ainda mais com o tempo de chuva...
Conclusão, já que tinha se
perdido tanto tempo, não seria de grande mal perder mais alguns minutos pra
escrever este relato, ainda mais depois de ter almoçado um churrasco. Agora é
hora de arregaçar as mangas para fazer tudo que está no começo do texto, ou de
colocar uma roupa folgada e dormir. Pergunta, o que fazer?