A chuva que acontece com data marcada, esse ano não aconteceu. Aliás meu calendário está em caos, tinha varias rotinas, eventos, entretanto uma reviravolta mudou tudo e agora os dias seguem assim meio sem definições. Pois bem, enquanto esperava cair aquele toró nas minhas tardes de biscoito e chá, vi que já estava se tornando uma futilidade aquela espera.

 No outro dia de praxe sentei no tapete para saborear o contato de quase chão na pele, deitei e não tive forças pra nada, inércia completa, a imensidão do silêncio externo, a fuga da turbulenta dinâmica da cidade e o calor triplicado somado ao contato humano.

 Passando-se este primeiro momento de meditação continuei com muito deleite sentindo a calmaria e ouvindo a sutileza do meus batimentos entrando em sincronia com a respiração. Como minha janela ficara aberta não pude deixar de notar um cinzento céu invadindo o cenário do sol,  lá se vai a claridade. Não evitei meu grito: Viva vai chover.

Porém era apenas uma nuvem que fez uma garoa sobre o meu telhado, as gotas pareciam flutuar no ar em sintonia com a música de fundo, e lá ia a precipitação do chuvisco em sutileza seguindo direção para outros horizontes...

Momento poético, de vez em quando escrevo e não poderia deixar de postar. A pedido de um amigo com duas palavras apenas deveria escrever algo e ficou esse pequeno texto acima; Sutileza e chuva. Embora a chuva forte não tenha a característica de sutil, o chuvisco ou garoa tem.

Por fim a outra mensagem a ser passada é: permita que a chuva regue seu solo e assim você produza a sutileza para com todos, e se você já faz continue...