Hoje uma segunda feira, início de semana calorosa, cheia de saudades de um final de semana aventureiro, divertido, e com boas histórias, volto àquela rotina meia tigela, mas que até gosto. Na marra da maresia, arrasto meus pés para o trabalho, saúdo meus colegas e sento isoladamente, recosto a cabeça na parede enquanto o notebook carrega. No instante seguinte, pego meu celular, que estava desligado a mais de cinco horas, um tempo enorme para quem está sempre conectada, e ligo. Minutos depois, abro as redes sociais e vejo diversas notificações das publicações do final de semana, e algumas são surpreendentes, e não perco tempo para permitir que a investigação comece. Meu temperamento não me permite o jogo da espera, não tenho tanta delicadeza para aguardar uma resposta, ou para a iniciativa alheia. Dou sempre a primeira cartada, e nessa história às vezes é bom, e outras vezes nem tanto, é tomada uma atitude que se não tiver o resultado esperado reclamo de frente ao espelho e juro que serei menos apressada e ficarei calada. Entretanto, passada a hora da tortura, e a vergonha volto a novamente ter ansiedade e recorrer a pensamentos que fortalece o meu espírito de agir impulsivamente e faço. Clarice Lispector descreve perfeitamente sobre o impulso, e não troco uma vírgula do seu texto, sinto que ali estou claramente descrita. O ruim de toda ação, é que não a retorno, feito está feito, apenas é hora de assumir o que aconteceu. Respondida algumas frases, comentários, também mandei perguntas, e agora estou naquela dúvida, deveria ter dito isso? Em outra pensei, puts pra que falei isso?! Constrangida, fechei duas das cinco redes sociais, na esperança que aquele ato reverte-se a situação, mas pura ilusão. Como já havia dito não a retorno... Só que, quer saber?! Não tem problema, vamos sorrir, e seguir adiante, melhor ter tirado minhas dúvidas, do que a noite ficar sem dormir pensando, e criando diálogos de uma conversa que nunca aconteceu. 

Good bye Leitor, em breve falarei de assuntos mais relevantes.